sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Você sabia que seu estabilizador pode estar danificando o seu computador?

Por Sérgio Oliveira RSS | 05.12.2013 às 18h11 - atualizado em 05.12.2013 às 19h30
estabilizador
Há décadas o estabilizador é visto como um item essencial ao bom funcionamento de computadores aqui no Brasil. Orientadas por técnicos e especialistas na área, nove em cada dez pessoas compram o aparelho quando adquirem seu primeiro computador. O motivo: evitar que instabilidades na rede elétrica afetem os componentes da máquina recém-adquirida. Afinal de contas, estabilizadores "estabilizam" o nível de tensão, corrente, etc, certo? Errado!
A verdade é bem mais triste do que se pode imaginar: na verdade os estabilizadores são os principais responsáveis pela queima de placas-mãe, processadores, pentes de memória e demais componentes dos computadores. Então por que existe essa aura de salvador da pátria em torno do estabilizador? Por que quando um componente queima as pessoas dizem "poderia ter sido pior se não fosse pelo meu estabilizador megazord" ao invés de culpá-lo? Nada melhor do que consultar o passado para entender o presente.

O que é um estabilizador? Por que ele existe?

Criado na década de 1940, o estabilizador surgiu com o propósito de minimizar os efeitos das oscilações da rede elétrica. Se ainda hoje algumas regiões sofrem com problemas de instabilidade na rede, imagine isso àquela época. É claro que os computadores estavam longe de ser uma realidade, mas alguns equipamentos eletrônicos, cujos componentes estavam vulneráveis a instabilidade elétrica, pediam o uso de um equipamento como o estabilizador. Não demorou muito e o aparelho foi largamente adotado.
É muito raro encontrar alguém que não use ou nunca tenha usado um estabilizador para ligar o computador
É muito raro encontrar alguém que não use ou nunca tenha usado um estabilizador para ligar o computador
Décadas depois, os computadores surgiram e seus componentes e periféricos demandavam cuidados extras para que não queimassem e fossem inutilizados. Por essa razão as pessoas e empresas passaram a conectar seus equipamentos ao estabilizador. A ideia é que o estabilizador atenuaria sobretensões ou subtensões, levando à fonte um valor apropriado à sua voltagem. Em casos de variações extremas, o estabilizador simplesmente "queimaria" um fusível, evitando a passagem de corrente elétrica.
Por muito tempo os estabilizadores foram recomendados por técnicos e especialistas, principalmente nos primórdios da informática em nosso país, quando as fontes trabalhavam a velocidades mais lentas que o equipamento eletrônico. A coisa virou senso comum e, apesar de hoje estudos comprovarem a ineficácia do aparelho, todos continuam acreditando no que antes era verdade.

Então o que acontece de verdade quando uso um estabilizador?

Hoje a coisa mudou de figura e as fontes mais modernas dos computadores trabalham a velocidades muito, mas muito superiores à de um estabilizador. Basta verificar a etiqueta de qualquer estabilizador para ver que a velocidade de trabalho da maioria deles gira em torno dos 60 Hz, o que faz com que ele demore aproximadamente 0,008 segundos para responder a qualquer anormalidade na rede elétrica.
Por outro lado, as fontes de um computador comum trabalham a 100 KHz (ou seja, 100.000 Hz) e as mais poderosas, geralmente utilizadas por gamers, atingem a incrível velocidade de 400 KHz (ou 400.000 Hz), o que é infinitamente superior ao estabilizador. A coisa fica mais discrepante quando o tempo de reação de uma fonte dessas é analisado e comparado ao do estabilizador: são necessários apenas 0,0001 segundos para corrigir qualquer surto elétrico.
Além de potentes, as fontes atuais são infinitamente mais rápidas do que os estabilizadores e por isso identificam e corrigem falhas na rede elétrica mais rapidamente
Além de potentes, as fontes atuais são infinitamente mais rápidas do que os estabilizadores e por isso identificam e corrigem falhas na rede elétrica mais rapidamente
Dessa forma, é correto afirmar que o seu estabilizador vai demorar mais tempo para identificar um surto na rede elétrica porque ele é mais lento. Nesse meio tempo, inevitavelmente o ruído gerado pela instabilidade da rede será transmitido à sua fonte, como se não houvesse estabilizador algum. A fonte, por sua vez, fará a correção do problema rapidamente, pois é mais rápida. Após um período de tempo, finalmente seu estabilizador perceberá o que aconteceu com a rede elétrica e tentará "corrigir" o problema, assim mesmo, entre aspas. Isso porque ele não corrige oscilações na rede elétrica e o ruído é passado novamente para a fonte, que vai ter que corrigir o novo problema gerado pelo estabilizador.
Por esses motivos, a fonte acaba trabalhando dobrado, esquenta mais e, consequentemente, terá sua vida útil reduzida.

Sendo assim, o que devo utilizar para proteger meu computador? Um filtro de linha?

Sim, aquele filtro de linha que você usa como extensão no seu quarto ou escritório pode ser a solução emergencial mais acessível para a maioria. Muitos usuários o recomendam expressamente.
Geralmente utilizados apenas como extensão, os filtros de linha (ou réguas) deixam a fonte do computador lidar com as oscilações de energia por conta própria, não interferindo no seu funcionamento. No entanto, o aparelho dispõe de um pequeno fusível para evitar que curtos circuitos causem queima dos componentes por sobretensão.
Geralmente utilizados apenas como extensão, os filtros de linha (ou réguas) deixam a fonte do computador lidar com as oscilações de energia por conta própria, não interferindo no seu funcionamento. No entanto, o aparelho dispõe de um pequeno fusível para evitar que curtos circuitos causem queima dos componentes por sobretensão.
A verdade sobre os filtros é que, assim como os estabilizadores, eles não estabilizam coisa alguma, mas em compensação não tentam realizar uma tarefa que não lhes cabe. Com isso, a fonte do computador fica livre para fazer o serviço dela e corrigir qualquer surto ou instabilidade na rede elétrica o mais rápido possível. Somente em casos de sobretensão extrema é que o acessório entra em ação, bloqueando a passagem de corrente elétrica pelo fusível que, a essas alturas, estará queimado.
Outros modelos de filtro oferecem proteção extra contra ruídos eletromagnéticos, mas infelizmente estes são extremamente raros e difíceis de serem encontrados no Brasil. Em um dia de sorte, pode-se encontrá-los por, no mínimo, R$ 150.
Embora haja ampla recomendação do seu uso pela comunidade, infelizmente os filtros de linha não chegam a caracterizar a solução ideal de proteção aos componentes de um computador.

Estou disposto a proteger meu computador a qualquer custo. Qual a solução ideal para mim?

O No-Break! Ele é mais caro que qualquer estabilizador ou filtro de linha, no entanto é capaz de manter o computador ligado mesmo quando a energia acabar. A façanha é alcançada graças a uma bateria interna que fica carregada e a postos para assumir o fornecimento de energia aos aparelhos conectados ao No-Break quando ocorrer algum problema na rede.
Ou seja, mesmo que acabe a energia, o No-Break conseguirá fornecer energia ao computador por alguns minutos ou horas, dependendo do tipo: offline ou online.
Os No-Breaks são a proteção ideal contra qualquer tipo de problema e falha na rede elétrica. Os tipos são dois: online e offline e suas baterias variam bastante de tamanho
Os No-Breaks são a proteção ideal contra qualquer tipo de problema e falha na rede elétrica. Os tipos são dois: online e offline e suas baterias variam bastante de tamanho
Os modelos de No-Break Offline são os mais comuns e mais acessíveis, já que a autonomia de suas baterias é baixa e fornece energia por poucos minutos. Para esses modelos, a bateria interna só entra em ação alguns milisegundos após a queda de energia, o que otimiza seu tempo de vida útil, mas gera pouca confiabilidade por causa desse pequeno espaço de tempo.
Quanto aos No-Breaks Online, são bem mais caros e recomendados para uso profissional em servidores. Suas baterias são mais robustas e têm autonomia variável, podendo oferecer até algumas horas de energia. Por ficarem ligadas diretamente à tomada, oferecem maior confiabilidade que os modelos Offline, pois os aparelhos são alimentados diretamente por ela. O incoveniente é que, por causa disso, sua vida útil é bastante abreviada e o preço de manutenção é outro fator limitante à sua adoção por usuários domésticos.
Independente do tipo escolhido, é certo que o usuário estará protegido contra quatro defeitos da rede elétrica:
  • Surtos de tensão;
  • Queda de tensão;
  • Queda na energia;
  • Oscilação da frequência.

Agora meu estabilizador vai para o lixo?

Não necessariamente. Lembre-se que o uso do estabilizador não é mais recomendado para computadores com fontes modernas, que operam a uma velocidade maior que o aparelho. Caso você ainda possua um computador daqueles bem antigos, o uso do estabilizador pode continuar sendo recomendado. Verifique nas especificações da fonte a velocidade que ela opera e veja se vale a pena usar o estabilizador.
Uma outra opção é conectar outros aparelhos eletroeletrônicos ao estabilizador, principalmente se houver muitas oscilações e falhas na rede elétrica de sua região. Apenas certifique-se que o estabilizador opera, no mínimo, na mesma velocidade que eles e tem potência suficiente para alimentá-los.

Matéria completa: http://canaltech.com.br/materia/hardware/Afinal-de-contas-para-que-servem-os-estabilizadores/#ixzz3QLwJPT7b
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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Cabos elétricos de longa distância – a bitola certa!

"Como podem perceber no texto, não precisamos nos preocupar com perdas de tensão pela distancia nas instalações residenciais, pois a perda de tensão é pequena considerando a perda em quilômetros nas linhas de transmissão".
 
- Exemplo:  Ao utilizar um bomba d’água, tipo ANAUGER 900 – 220V, a uma distância de 180 metros qual a bitola do fio ou cabo necessário para que este não tenha fuga de energia.


Na verdade a FUGA DE CORRENTE em cabos elétricos de longa distância se traduz em queda de tensão e aumento da corrente em ampères devido a RESISTÊNCIA à passagem dos elétrons pelo condutor (fio) de acordo com a distância a ser percorrida.
Neste caso descrito por você, a distância de 180 metros em rede de 220 volts, não vai haver uma queda acentuada da tensão em volts, bastando para isso utilizar a bitola correta dos cabos condutores (fios).
A bomba Anauger 900 tem uma potência de 450 watts e funcionando em 220 volts, tem como corrente o valor de 2,04 ampères.
De acordo com as normas técnicas, quanto menor for a seção (bitola) do condutor (fio), maior será a sua resistência elétrica, e consequentemente maior a perda de energia ao longo do percurso.
A Fábrica PIRELLI diz que a queda de tensão em seus cabos condutores é o seguinte na tabela calculada por seus técnicos e utilizada como parâmetro por muitos eletricistas:

Bitola          Resistência por Quilometro (Km)       Queda de tensão p/quilometro(km)
1,5 mm²                      12,1 Ohm                       23,9 volts
2,5 mm²                       7,41 Ohm                      14,7 volts
4,0 mm²                       4,61 Ohm                        9,2 volts

Portanto no seu caso, como a distância não é muito longa (180 metros) e a corrente de trabalho da Bomba Anauger é de 2,04 ampères, a queda de tensão será mínima, desde que se houverem emendas, elas devem estar bem feitas e justas, sem mau contato, e devidamente isoladas com fita isolante de boa qualidade.
Se a emenda for ao ar livre, sugiro a utilização de fita isolante de AUTO FUSÃO, que é de uso especial e um pouco mais cara, pois evita a penetração de umidade nas emendas.
Sua utilização é a seguinte: quanto mais você a esticar, mais ela adere no fio condutor, pois quando ela estica, acontece uma reação química em que ela se aquece um pouco, tornando a emenda firme e uniforme à medida que você enrola em volta da emenda.
Quanto ao calibre ou bitola do cabo condutor (fio), utilize a maior bitola possível, para prevenir possível queda de tensão e aumento da corrente ao aciona-la, devido ao pico de tensão na partida.
Eu aconselho a utilizar o condutor de 4 mm² de seção ou no mínimo o de 2,5 mm².
Assim você estará despreocupado e não terá problemas futuros na rede elétrica da bomba.

Arco elétrico

Um arco elétrico (AO 1945: arco eléctrico) é resultante de uma ruptura dielétrica de um gás a qual produz uma descarga de plasma, similar a uma fagulha instantânea, resultante de um fluxo de corrente em meio normalmente isolante tal como o ar. Um termo arcaico para ele é arco voltaico como usado na expressão lâmpada de arco voltaico, já o termo popular mais utilizado (errôneamente) é curto-circuito.
O arco ocorre em um espaço preenchido de gás entre dois eletrodos condutivos (freqüentemente feitos de carbono ) e isto resulta em uma temperatura muito alta, capaz de fundir ou vaporizar virtualmente qualquer coisa.
Em uma visão comercial, arcos elétricos são usados para soldagem, corte a plasma, e como uma lâmpada de arco voltaico em projetores de filme e holofotes. Fornos a arco elétrico são usado para produzir aço e outras substâncias. O Carbureto de cálcio é feito desta forma por requerer um grande aporte de energia para promover uma reação endotérmica (a uma temperatura de 2500 °C).
Arcos elétricos de baixa pressão são usados para iluminação, por exemplo na forma de lâmpadas fluorescente, lâmpadas de vapor mercúrio e sódio, lâmpadas de câmera de flash, monitores de plasma e letreiros de néon
Arcos elétricos indesejáveis podem levar a deterioração de sistemas transmissão de energia elétrica e equipamentos eletrônicos.


Arco eléctrico entre trilho electrificado e o contacto eléctrico em um trem do metro londrino.

Exemplos

  • O relâmpago da trovoada é um arco eléctrico de grandes dimensões que permite se escapem as cargas eléctricas entre as nuvens ou entre as nuvens e a terra
  • A soldura eléctrica (Soldagem) a arco produzem uma grande quantidade de calor bem localizada o que provoca a fusão dos materiais
  • O forno a arco utilizados na metalurgia para a fusão de metais
  • Arco elétrico provocado por curto-circuito em equipamentos elétricos devido a acúmulo de sujeira, cavacos, água, presença de insetos ou outros animais.
  • A norma IEC 61641 regulamenta painéis de baixa tensão à prova de arco interno e contempla critérios para segurança pessoal e estrutural com os comportamentos adequados quando da ocorrência de arcos elétricos.

Curto-Circuito

A principal diferença entre arco elétrico e curto-circuito está na sua concepção de causa e efeito. Em vias gerais, o arco elétrico (efeito) é a resultante de um processo de curto-circuito (causa).